Seleção feminina tem cuidado especial com voo até a Austrália para evitar desgaste excessivo

Seleção feminina tem cuidado especial com voo até a Austrália para evitar desgaste excessivo

Seleção feminina tem cuidado especial com voo até a Austrália para evitar desgaste excessivo

A Copa do Mundo já começou há algum tempo para a seleção feminina. A preparação para que até mesmo a viagem até a Austrália tenha o mínimo de impacto na saúde das atletas foi pensada pela CBF. No total, serão 24 horas de deslocamento até o país da Oceania. Uma parada será feita após 14 horas, na Polinésia Francesa, e logo depois mais 10 horas de avião até Brisbane. Andre Pedrinelli, coordenador médico da seleção feminina, ressalta que tudo foi pensado para diminuir o jetlag para o grupo.

“Nós vamos para um continente que fica a 13 horas de fuso daqui do Brasil onde nós saímos daqui num dia e chegaremos no final do outro dia. E se nós pensarmos que para cada hora de fuso você leva um dia de adaptação nós estamos falando de 14 dias de adaptação. Isso é muito complicado para a preparação física de uma seleção onde você precisa que todas as jogadoras estejam na mesma condição tática e técnica para disputar essa Copa do Mundo. A logística começou quando escolhemos para que lado viajaríamos. A opção foi viajar para o leste porque isso acarreta menos trauma com jetleg que é essa adaptação aos fusos. Depois de escolhida a rota e a companhia aérea nós fomos planejar o que fazer durante o voo para minimizar esses efeitos. Niguém espera que num voo você consiga retirar essas 13 horas de fuso, mas ao redor de 4 horas é possível a gente encurtar os malefícios que uma viagem desse tamanho pode causar para essas pessoas – disse Andre Pedrinelli, coordenador médico da seleção feminina.

Outra questão importante do processo até o Mundial é a parte psicológica. E quem cuida desde que a técnica Pia Sundhage chegou à seleção é Marina Gusson, psicóloga do esporte. A profissional explica como o Brasil chega para a competição e o como é essa caminhada até a Austrália.

“São vários pontos de atenção. Nesse momento atual em que a gente está com um pé na Copa assim como as demais áreas estamos em um processo de lapidar. Todo um trabalho foi feito até agora tanto na questão de avaliar a saúde mental delas, depois construção de uma série de habilidades psicológicas voltadas para a performance e agora a gente está em um objetivo de lapidar e deixar isso aceso como se fosse uma chama, uma pimenta. Poder ter o desejo de enfrentar as dificuldades que virão, mas com um tom de desafio, oportunidade, do sonho podendo ser realizado. Isso também individualmente e em grupo a gente olhar e cuidar da coesão. São equipes que a gente tem muitos atletas e uma comissão técnica grande junto por bastante tempo. Fazer disso também um convívio favorável para a performance – Marina Gusson, psicóloga da seleção feminina.

A delegação brasileira também vai com uma novidade para a Austrália. É a primeira vez que a seleção feminina terá na equipe em uma Copa dois médicos, dois massagistas e ainda uma psicóloga, além do restante da comissão técnica. A evolução no cuidado com as jogadoras também entra no processo de um novo departamento da CBF, de saúde e performance. Jorge Pagura, presidente da comissão médica da CBF, comenta como é o funcionamento.

“Quando você fala em sistema médico ele é muito restrito. Na hora que você amplia para saúde e performance você amplia para metas e regras para manutenção da saúde física dos atletas, mas também integrar uma série de dados com o trabalho multidisciplinar para fornecer dados que também possam melhorar a performance das atletas. Departamento funciona baseado em um agrupamento de profissionais em núcleos de trabalho. Núcleo nutrição e fisiologia, núcleo médico. Você reúne profissionais, e a CBF tem profissionais de altíssima competência nesse sentido, para que juntos independente de cada seleção, gênero ou base você tenha mecanismos de conduda muito bem estabelecidos.

A técnica Pia Sundhage divulga a lista de convocadas para a Copa nesta terça-feira, a partir de 16h (de Brasília), com transmissão de TV Globo e SporTV. A partir do dia 30 de junho, as jogadoras se apresentam para o amistoso diante do Chile, em Brasília, dia 2, às 10h30. No dia seguinte, às 5h, a Seleção embarca de Brasília até a Austrália, onde começa oficialmente a preparação final para a estreia na Copa. O Brasil fica primeiro em Gold Coast e depois, a partir do dia 18, vai para Brisbane, que será a sede durante toda a primeira fase. O primeiro jogo no Mundial é dia 24 de julho diante do Panamá, em Adelaide. Pelo Grupo F, a Seleção ainda enfrenta a França, dia 29, e a Jamaica, dia 2 dee agosto.



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