Árbitro de Al-Nassr x Al-Ahli, Anderson Daronco aumenta lista de estrangeiros apitando na Liga Saudita

Árbitro de Al-Nassr x Al-Ahli, Anderson Daronco aumenta lista de estrangeiros apitando na Liga Saudita

Árbitro de Al-Nassr x Al-Ahli, Anderson Daronco aumenta lista de estrangeiros apitando na Liga Saudita

Aplicar cartão amarelo em Sadio Mané, ouvir reclamações de Cristiano Ronaldo, marcar pênalti cometido por Anderson Talisca e convertido por Riyad Mahrez… A sexta-feira foi diferente para o árbitro Anderson Daronco, que apitou pela primeira vez na Liga Saudita, na vitória por 4 a 3 do Al-Nassr, de CR7 e Mané, sobre o Al-Ahli, de Mahrez e Roberto Firmino. A presença do brasileiro pode causar estranhamento à primeira vista, mas na verdade não é tão incomum. A liga que está chamando a atenção do mundo por reunir astros de diversas seleções já aposta, há algum tempo, na internacionalização da arbitragem.

Daronco, um dos principais árbitros do Brasil na atualidade, fez sua estreia na Arábia Saudita nesta sexta, seguindo os passos de outros juízes de renome. Também já passou por lá nesta temporada Ramon Abbati Abel, que apitou a vitória do Al-Hilal por 2 a 0 sobre o Al-Ittifaq, dia 28 de agosto, na quarta rodada.

Embora pareça novidade, a participação de árbitros estrangeiros na liga saudita vem de longe, como destaca o chefe da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme.

“Esse processo já é realizado há alguns anos, a Arábia Saudita costuma convidar árbitros de outras ligas para dirigir os clássicos de lá. Agora é que isso está ficando mais em evidência, por causa da chegada desses jogadores de expressão” observou o ex-árbitro.

CBF decide “escala” dos brasileiros

Segundo Seneme, que já dirigiu a comissão de arbitragem da Conmebol, “a liga saudita busca árbitros sul-americanos desde 2016. Além de brasileiros como Wilton Sampaio e Raphael Claus, já trabalharam no país nomes como o argentino Nestor Pitana, os venezuelanos Jesus Valenzuela e Alexis Herrera, o colombiano Wilmar Roldán e o uruguaio Andrés Matonte” os dois últimos, inclusive, atuaram na atual temporada.

Entre os árbitros de outras confederações continentais que apitaram jogos recentemente estão o italiano Daniele Orsato, presente em duas das sete primeiras rodadas, o húngaro Tamas Bognár, o romeno Istvan Kovacs, o guatemalteco Mario Escobar e o salvadorenho Ivan Cisneros.

Até o ano passado, o convite já chegava à Conmebol com o nome do árbitro que os árabes queriam ver apitando em sua liga. Mas, atualmente, a escolha fica a cargo das federações nacionais.

“Hoje a liga árabe entra em contato com a Conmebol para solicitar um árbitro, a Conmebol decide de qual associação membro será o juiz e informa, no caso do Brasil, a CBF. A partir disso nós entramos em contato direto com a Arábia, e é a CBF que escolhe o árbitro de acordo com a disponibilidade da escala – explicou Seneme, que vê com bons olhos esse intercâmbio”.

“É muito importante essas oportunidades porque desenvolvem os árbitros, dão experiência internacional, além de representar a arbitragem brasileira no exterior”.

No rodízio de brasileiros na Liga Saudita, um nome chama a atenção: Edina Alves Batista. Em um país com leis e costumes bastante restritivos às mulheres, seria possível uma árbitra trabalhar em um jogo do campeonato masculino? Como a indicação do nome cabe à CBF, Wilson Seneme não descarta uma possível tentativa de incluir Edina nessa escala internacional:

“Eu estudo no futuro solicitar a ida da Edina. Eles pedem que sejam árbitros de elite, da Série A e da Fifa, e ela se enquadra dentro desse perfil. Então, por que não um dia ela ser indicada?

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