UMA FAMÍLIA LITERALMENTE DESPORTIVA – SóEsporte

UMA FAMÍLIA LITERALMENTE DESPORTIVA – SóEsporte

UMA FAMÍLIA LITERALMENTE DESPORTIVA

Não é de hoje que sabemos que a cidade de Patos foi um excelente celeiro para o nosso futebol, possuindo vários times amadores e dois excelentes quadros profissionais: o Esporte Clube de Patos e o Nacional Atlético Clube, ambos com histórico de conquistas no cenário estadual.

Jogadores como Zéu Palmeira, Araponga, Dissor, Lulú, Clóvis, Sabará, Washington Luís, Messias, Menón, Levi, Dadinha, Pedrinho, Bastinho, Canário, Tuca, Pistola, Dinaldo, Chiquinho Alegria e tantos outros que encantaram os nossos aconchegantes estádios de futebol.

O que que a gente não sabia, era que na famosa morada do sol como é conhecida a cidade de Patos existiu um time formado exclusivamente por uma família, sim, o time da família Leitão, também conhecido por Centro Esportivo dos Irmãos – CEI.

Essa inusitada equipe, formada só por irmãos, entrou em campo na noite do dia 21 de outubro do ano de 1981, por ocasião da festiva reinauguração do Estádio Municipal José Cavalcanti para fazer a partida preliminar enfrentando uma equipe de ex – profissionais da cidade. O jogo principal envolveu o Nacional Atlético Clube e o Ceará Sporting Club.

A equipe era formada por onze irmãos titulares e quatro primos no banco de reservas. O técnico era o senhor Pedro de Araújo Leitão, genitor dos atletas, auxiliado por dona Luzia Ferreira Leitão, genitora dos atletas, e as crianças e também irmãs Maria Aparecida, Maria do Socorro, Maria Izabel e Maria da Guia eram as mascotes da equipe, totalizando os 15 filhos do casal treinador.

O jogo terminou empatado em um a um, Marxedes marcou para o time da grande família e João Grilo descontou para a seleção dos ex atletas. Os irmãos entraram em campo com a seguinte escalação: Carlos, Ney, Marcos, Mário, Pedrinho, Marcos Suel, Alberto, Célio, Maciel, Marxedes e João.

O adversário jogou com Nilson, Touro, Paulo, Petrônio, Dinaldo, Edmilson Mota, Dissor, Sabará, Lulu, Bastinho, João Grilo e João Batista. O aconchegante estádio estava lotado, quase dez mil pessoas prestigiando a reinauguração e se deliciando com uma partida preliminar digna de registro no famoso Guinness Book.

Outros fatos também inusitados ocorreram naquela noite festiva, o goleiro da equipe familiar, Mário, por ser árbitro profissional de futebol da FPF, foi substituído no intervalo porque iria trabalhar no jogo principal. Aliás, os irmãos Pedrinho e Ney também foram substituídos, entraram dois primos em seus lugares, para poderem jogar pelo Nacional na partida principal.

Na realidade, mesmo sendo realizada uma excelente partida no jogo principal envolvendo as boas equipes do Nacional Atlético Clube e o Ceará Sporting Club, o que marcou naquela noite e resultou em várias manchetes na imprensa falada, escrita e televisada foi o jogo sui generis transcorrido na preliminar.

Para nós torcedores, cronistas e desportistas paraibanos ficou a certeza de que a “FAMÍLIA LEITÃO”, criadora do Centro Esportivo dos Irmãos – CEI, escreveu o seu nome com tintas douradas e perpétuas na brilhante história do futebol paraibano.

Por

SERPA DI LORENZO

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