Final única em competições da Conmebol completa cinco anos e especialistas analisam prós e contras

Final única em competições da Conmebol completa cinco anos e especialistas analisam prós e contras

Final única em competições da Conmebol completa cinco anos e especialistas analisam prós e contras

A final única da Copa Libertadores e Copa Sul-Americana, instituída pela Conmebol em 2019, entra em seu quinto ano consecutivo com este modelo ainda gerando críticas e elogios por parte dos amantes do futebol. Neste sábado, Fluminense e Boca Juniors decidem o título no estádio do Maracanã.

Enquanto o envelopamento das competições e as parcerias comerciais, com arrecadações cada vez maiores, trouxeram benefícios, a distância entre os países, com logística pouco acessível e passagens caras, acabaram afastando os torcedores dos locais marcados.

Fábio Wolff, especialista em marketing esportivo, destaca as dificuldades deste tipo de modelo em competições na América do Sul.

Modelo de final única na Europa funciona bem, porque há vários países que possuem estádios de qualidade, rede hoteleira e malha aérea gigantes. Na América do Sul, a estrutura não é a mesma e quem acaba pagando essa conta é o torcedor, que quer ver o seu time e muitas vezes não tem uma oferta de voos grande e nem um número de hotéis razoáveis, e tudo acaba ficando muito caro – destaca.

Em agosto de 2022, durante assinatura de acordo com o governo do Equador para o país ser sede da final da Libertadores-2022 masculina, em Guayaquil, Alejandro Dominguez, presidente da Conmebol, deu a seguinte declaração:

As finais da Libertadores eram uma guerra, uma guerra. E hoje são festa.

Na ocasião, Dominguez negou que o objetivo de promover a final única no continente sul-americano fosse para copiar eventos do porte do Super Bowl, organizado pela NFL, ou a própria NBA e a Champions League.

Um dos nosso pilares é fazer justiça, e não somente justiça na organização, mas justiça desportiva. Mas notamos que no sistema anterior, ida e volta, de cada dez finais, sete eram vencidas pelo time que fazia como mandante o segundo jogo. Em algum momento podemos ter o país anfitrião da final única com um time em campo, mas o certo é que teremos 90 minutos, ou 120 e depois penais, para se decidir e não terá segunda oportunidade aos participantes, não haverá o que esconder. E o crescimento desse jogo foi grande, é um sucesso – declarou.

Da parte técnica, Sandro Orlandelli, Membro da UEFA Academy, entende que os benefícios são maiores.

A final única tem como propósito trazer emoção e mais importância para o evento, e também o nível de pressão é muito maior. Isso ajuda, na minha opinião, a fazer com que o favorito tenha uma chance menor do que normalmente ele teria se fossem dois jogos, fazendo com que traga mais emoção e maior possibilidade de qualquer uma das duas equipes serem campeãs. É uma forma de preparação diferente para um jogo como esse, precisa ter muita estratégia, muita organização, muito preparo mental e eu acho muito interessante que siga esse modelo que é feito na Europa – explica.

Boca Juniors e Fluminense se enfrentam na final da Conmebol Libertadores no dia 4 de novembro, às 17h (de Brasília), no Maracanã. Como a final é em jogo único, quem vencer, é campeão. Em caso de empate a decisão vai para a prorrogação e, se persistir a igualdade, pênaltis.

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