Com queda na Série D, Santa Cruz pode ficar fora do Brasileiro pela 1ª vez e ter só 13 jogos em 2024

Com queda na Série D, Santa Cruz pode ficar fora do Brasileiro pela 1ª vez e ter só 13 jogos em 2024

Com queda na Série D, Santa Cruz pode ficar fora do Brasileiro pela 1ª vez e ter só 13 jogos em 2024

O desastre contra o Iguatu, que culminou na eliminação precoce na Série D, ainda se dimensiona no Santa Cruz. Mas o tamanho do tombo foi grande: o Tricolor corre risco de ficar fora de uma competição nacional pela primeira vez na história, desde quando os Campeonatos Brasileiros adotaram sistema de acesso e descenso, em 1988.

Consequências sentidas em breve. Na próxima temporada, pois o clube tem como garantia de momento disputar apenas 13 partidas – considerando as 12 do Estadual, se mantido o seu formato, e uma pelo Pré-Nordestão.

Neste ano, foram 39 partidas. Um número baixo, mas o triplo da projeção para 2024. Curioso é que a quantidade irrisória dessas partidas, se de fato este cenário ocorrer, se assemelha ao calendário das categorias de base do Santa Cruz.

Existem exemplos dentro do elenco que entrou em campo contra o Iguatu, no interior do Ceará, inclusive. Como os zagueiros Dudu Ferraz, que disputou 10 jogos nesse ano na modalidade, Ruan Robert, 11, e Cristiano, oito.

“Jogador não vai querer vir. Imagina um outro cenário… De uma SAF, algo um pouco mais organizado, o cara vem, visando outras coisas. Talvez seja um outro atrativo, porque talvez seja cada vez mais difícil de montar um elenco. Tem que ter um fato novo. Se não a mão de obra vai ser ruim, os processos não vão melhorar”, frisa Danny Morais, comentarista da Globo e ex-atleta coral.

Com ou sem atletas da base, o fato é que o Santa Cruz se vê apequenar. Os mais de 1.000 dias de férias forçadas nos últimos 16 anos podem se somar a mais de um ano de completa inatividade caso o Retrô-PE não subir para a Série C – o Tricolor só ganha vaga na Série D 2024 se o time pernambucano conquistar o acesso.

Mais um vexame para a conta da sua maltratada torcida, que figurou pela segunda vez seguida com a maior média de público no Brasileiro e dentro do top-20 entre as que mais põe torcedores no estádio. Uma tradição que segue viva, mas com a ajuda de aparelhos para se manter, conclui Danny Morais.

“Não é possível que de anos para cá não consiga produzir nada. A reformulação tem que vir lá de baixo. A primeira coisa é resgatar o orgulho de ser tricolor. Não adianta só a mística de lotar o estádio. O que leva hoje um menino a torcer pelo Santa? A estrutura? Não. O dinheiro? Não. É a tradição, que está se perdendo também”, encerra Danny Morais.



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